Está proposta uma pergunta título que com certeza não se cala em nossos dias, principalmente no meio cristão.
Não estou julgando, não estou fazendo apontamento de pessoas, mas a resposta infelizmente é que: para a grande maioria Jesus Cristo não tem sido tudo em suas vidas.
O motivo de tal acontecimento é que estamos perdidos com tudo aquilo que nos rodeia. Desejamos alcançar o padrão de vida que o mundo dita, quando deveríamos buscar “o Reino de Deus e a sua justiça.”
O resultado disso é: O cada vez maior crescimento de um “evangelho capitalista” onde prevalecem à competição e o individualismo, muitas das vezes não importando os verdadeiros valores cristãos, não importando meu próximo, não importando Jesus, mas sim o ego e nossas satisfações.
O Apóstolo Paulo nos diz em Romanos 11.36: “Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas; glória, pois, a ele eternamente. Amém.”
Quando penso essas palavras não me vem outra coisa à mente senão que: Toda a criação foi feita para dar glória a Jesus Cristo. Isso inclui a nós, seres humanos, que somos a coroa da criação, feitos a imagem e semelhança de Deus.
O pecado fez que a imagem de Deus em nós fosse distorcida. Mas Deus para recuperar em nós a Sua imagem, mandou seu único filho, para dar a sua vida e para haver a possibilidade de resgate de nossa comunhão de andarmos lado a lado com Deus, podendo conversar com Ele estando face a face. Tudo isso sem medo, sem vergonha, sem pranto, sem dor, sem choro.
A dimensão daquilo que Jesus opera é magnífica. Ele é o Deus encarnado dando a sua própria vida por nós e nos possibilitando o caminho da reconciliação.
O plano de Deus para aqueles que são redimidos em Jesus Cristo é que sejamos como seu filho. Claro! Não seremos perfeitos em tudo, mas pelo menos devemos ter Jesus não como centro, mas como Tudo em nossas vidas.
A triste notícia é que muitos de nós estamos perdidos em meio ao que é carnal, ao que é passageiro, ao que traça e a ferrugem corroem, dando valor a tudo isso como se fosse o essencial.
Novamente uso palavras do Apóstolo Paulo, desta vez em I Coríntios 10.31: “Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus.”
Quando penso que tudo que tenho de fazer deve ser para a glória de Deus tenho certeza que os meus objetivos são mudados.
Se antes eu pensava primeiramente em mim quando penso que algo é para a glória de Deus passarei a pensar melhor em meu próximo, principalmente naqueles mais necessitados, tanto de carências econômicas, tanto de carências afetivas (relacionamentos), como também mudará minha perspectiva ao apresentar Jesus.
Mudará também o meu relacionamento com Deus, pois se Ele é o centro da minha vida, nada vai estar a sua frente. Seremos pessoas com um desenvolvimento espiritual maduro para saber daquilo que é o real propósito de Deus para nossas vidas.
Assim, Jesus crescerá, nós diminuiremos, e com certeza poderemos falar de um Jesus que é tudo para nós e que faz total diferença em nossas vidas, principalmente porque nos leva de volta para Deus nos dando a vida eterna.
BORIS SOUZA